A pandemia está se tornando uma grande oportunidade para o governo e para os patrões. Ao mesmo tempo em que o país, devido a decisões governamentais, está à beira de um novo fechamento, a pandemia está varrendo o sistema nacional de saúde que ficou indefeso e com falta de pessoal, os locais de trabalho e o sistema de trânsito de massa se tornaram locais de reprodução do vírus, o governo encontrou tempo para não deixar nada de pé para os direitos dos trabalhadores.

Como se a lei de falências pessoais não fosse suficiente, com a qual eles colocaram suas garras na moradia e na renda das pessoas. Como se não bastasse o desemprego ter disparado e a lei proibir essencialmente a manifestação, o governo se apresentou e anunciou:
* A implementação da jornada de trabalho de 10 horas em todos os lugares e, além disso, o trabalho não remunerado para as duas horas extras.
* Eles estão destruindo as horas de trabalho estáveis e reduzindo ainda mais os salários.
* Eles estão proibindo completamente o domingo como um dia de folga.
* Eles atacam a ação sindical, a organização e os direitos dos trabalhadores.
* Eles estão abolindo as assembléias gerais, a participação dos trabalhadores nelas e estabelecendo o voto eletrônico como pré-requisito para uma greve.
* Eles estão impondo “pessoal de segurança” durante as greves, que em alguns casos (como na antiga infra-estrutura pública, transportes, portos, etc.) até mesmo ultrapassarão os trabalhadores de todo o turno!
* Mesmo que uma greve seja anunciada depois de tudo isso, a partir de agora o piquete é um crime e torna a greve em si ilegal.
* O direito à negociação coletiva será reconhecido somente àqueles sindicatos que submeteram seu registro digital, os nomes de seus membros, ao Estado
e os patrões. Portanto, para que um sindicato funcione, ele deve aceitar a vigilância de seus membros.

Não vamos deixá-los fazer isso. Não vamos recuar na luta coletiva por nossos direitos e liberdades sindicais. Não daremos aos capitalistas e seu estado o direito de organizar, reunir e decidir, de eleger nossos representantes. Não vamos parar de lutar, não importa quantas perseguições eles iniciem. Não deixaremos ninguém sozinho, contra as grandes empresas e seus mecanismos.

Sob as máscaras, temos vozes! A convocação de uma greve geral é a prioridade absoluta para cada sindicato. As decisões de greve estão se multiplicando a cada dia. Agora é a hora de cada local de trabalho se levantar através de seus sindicatos e seus comitês, para organizar assembléias gerais e campanhas, para que todos saibam o que o governo está planejando.

Estamos preparando uma resposta maciça e militante com a greve geral em todos os lugares, em fábricas, hotéis, canteiros de obras, lojas. PAME pede aos sindicatos de todos os países que denunciem o projeto de lei antitrabalhadores do governo grego. Ela expressa sua solidariedade com a greve geral dos trabalhadores da Grécia.
Please send messages to:
PAME: international@pamehellas.gr
OIT: ilo@ilo.org
As embaixadas gregas locais em cada país